Mesmo considerando que em certos casos antigamente se pensava e se agia melhor, precisamos modificar a nossa maneira de ver as coisas, sem perdermos a personalidade e mantendo pontos de vista que serão só nossos, pois certamente não encontrarão eco nas outras pessoas.
As mais esclarecidas espiritualmente podem reconhecer o que há de bom e de mau nos seres com quem lidam, e procurar pôr de lado o que não condiz com sua maneira de agir e sentir, aceitando somente o que se coaduna com seu modo de pensar. A verdade é que nem sempre encontramos compreensão entre os que conosco convivem ou mantêm relações de amizade, embora, por esse motivo, não deixem de merecer nossa estima e consideração. O que precisamos é ser mais compreensivos e tolerantes.
Se externarmos nossa maneira de sentir o viver, não o devemos fazer com a ideia de obrigar alguém a adotá-la, o que sinceramente não acontecerá, a não ser que a pessoa use de meios hipócritas, e isso não nos agrada, em absoluto. A franqueza que preside nossos atos e nossas palavras nem sempre encontra apoio, mas pouco nos deve importar a opinião alheia quando, intimamente, estamos certos de que agimos com correção.
Devemos até desculpar se houver incompreensão, em geral por parte de pessoas afeitas à mentira e à hipocrisia. Por isso, é necessário traçar nossa linha de conduta sem sair dela por coisa alguma, mas não nos esquivando ou receando conviver com quem não pensa como nós. Ao contrário, é preciso ter contato com todas as pessoas, provando, assim, a nossa compreensão, porque percebemos suas fraquezas sem as imitar ou obrigar a seguir nossas ideias. Os indivíduos devem ser independentes para pensar e agir como entendam, de acordo com a formação moral que tiverem recebido dos pais.
É a formação moral que os torna corretos e dignos, ou desonestos e infelizes. Como sabemos que cada um responde por seus atos e, de acordo com sua conduta moral e espiritual, tem o que merece, procuremos agir sempre conscienciosamente e respeitar a opinião e a maneira de ser daqueles com quem travamos conhecimento ou de quem somos amigos. Há seres que possuem maior sensibilidade e, quando muito sinceros, chocam-se com a falta de sinceridade daqueles que não o são.
Para vivermos em um mundo agitado como o atual, em que há mais insinceridade e fantasia do que franqueza e realidade, precisamos ver e sentir tudo, controlando-nos, com apoio em nossos pontos de vista e na maneira inteligente de encararmos os problemas, tudo procurando resolver por bem e não pela força ou pela imposição. Devemos ter em mente que um espírito revoltado é insensível a qualquer observação, mesmo que ela parta de seus próprios pais.
A persuasão calma e inteligente consegue muito mais no terreno educacional e até no da amizade. Muitas separações seriam evitadas se existisse entendimento entre os cônjuges, pois assim não haveria troca de palavras insultuosas, que ferem ou matam o sentimento puro e forte que deve unir os casais.
Sabendo viver, todos podem ser felizes e fazer felizes seus filhos, que jamais se desviarão dos padrões éticos e sociais, por terem pais compreensivos e amigos pela vida afora, não os deixando abandonados, entregues a si mesmos, motivo único dos casos dolorosos observados ultimamente e que tanto afligem as famílias.
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