Escrevera, já, certo filósofo que:
"Há uma época para todas as coisas e um momento
favorável a todos os propósitos na face da Terra. Um momento propício para
nascer e um momento propício para morrer; um momento propício para chorar, e um
momento propício para rir; um momento propício para lutar, e um momento
propício para divertir-se; um momento propício para ganhar, e um momento
propício para guardar, e um momento propício para gastar; um momento propício
para calar, e um momento propício para falar; um momento propício para amar, e
um momento propício para aborrecer".
Quem meditar nesses conceitos cheios de sabedoria, não pode
deixar de admitir que encerram eles profundo conhecimento da vida e de
reconhecer que o bem-estar material e espiritual das criaturas não depende de
outra coisa senão da capacidade de aproveitar o momento oportuno para adaptar-se
ao tempo e às circunstâncias.
Não importa tanto o que fazemos e como o fazemos, senão
quando o fazemos; disso depende que sejamos felizes ou desditados, que
triunfemos ou fracassemos.
Já ensina a sabedoria popular que aqueles que conquistam fama e fortuna são os que não dormem, os que aproveitam a oportunidade quando esta se apresenta.
Já ensina a sabedoria popular que aqueles que conquistam fama e fortuna são os que não dormem, os que aproveitam a oportunidade quando esta se apresenta.
No entanto, há homens trabalhadores, dotados de inteligência
e até de certa personalidade e que, por essas razões, deveriam contar-se entre
o número dos triunfadores, mas que não podem conservar um bom emprego e, às
vezes, nem sequer ganhar o suficiente para sustentar a prole com decência.
O motivo desse fracasso, a única razão da sua pouca chance é que se entretém durante a caminhada da vida, em vez de seguir em frente, com denodo e decisão, em busca da meta almejada. Jamais fazem algo a tempo, nem concluem um trabalho começado.
O motivo desse fracasso, a única razão da sua pouca chance é que se entretém durante a caminhada da vida, em vez de seguir em frente, com denodo e decisão, em busca da meta almejada. Jamais fazem algo a tempo, nem concluem um trabalho começado.
Conhecemos, também, esposas e mães a quem o trabalho
doméstico altera os nervos pela simples razão de que nunca fazem as coisas a
tempo. São aquelas que nunca fazem as coisas a tempo. São aquelas que nunca
aprenderam o valor da oportunidade e, em consequência, se esgotam no esforço
cotidiano realizado sem a sujeição proveitosa a um horário, quando, impondo-se
por vontade própria a tal norma de vida, lhes sobrariam momentos para descansar
e recrear o espírito.
No mundo social, como no dos negócios, a pontualidade é o
segredo da popularidade. Nenhum convidado é tão bem recebido como aquele que
chega à hora exata para a qual foi lembrado; nenhum é tão temido, como quem tem
o hábito de demorar-se e obriga a que se o espere até que os convidados se
desesperem.
Sobre todas as coisas o fator tempo exerce importância
apreciável no círculo familiar; bem utilizado, contribui ele para que sejam
evitados ligeiros desentendimentos e contrariedades que perturbam a paz nos
lares e, às vezes, até a felicidade conjugal. "Há um momento propício para
calar, e um momento propício para falar", e não há nada que os cônjuges
não possam dizer sem temor de iniciar uma discussão, se antes procuram escolher
o momento psicológico para fazê-lo.
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Se, por exemplo, a esposa procurasse sondar o marido quando
ele regressa, à noite, a fim de certificar-se se está de bom ou mau humor,
antes de falar-lhe sobre determinado assunto, evitar-se-iam muitas
contrariedades. Porque há um momento adequado para participar as más notícias,
e outro em que não convém mencionar fatos desagradáveis a quem regressa à casa
fatigado, depois de um dia de trabalho intenso. E assim, também o homem pode
perceber qual o momento propício para comunicar à esposa, um acontecimento
penoso ou até mesmo que não lhe pode dar no momento o dinheiro para isso ou
aquilo.
São tantas as vantagens para quem pensa e faz as coisas a tempo, que é lamentável que não concedamos mais importância a esse grande fator "o tempo" e à oportunidade.
O valor do tempo
Por Maria Cottas
Fonte: Livro Páginas Soltas de Maria Cottas
São tantas as vantagens para quem pensa e faz as coisas a tempo, que é lamentável que não concedamos mais importância a esse grande fator "o tempo" e à oportunidade.
O valor do tempo
Por Maria Cottas
Fonte: Livro Páginas Soltas de Maria Cottas