Foi em meados de 1941 que conheci D. MARIA DE OLIVEIRA tomei conhecimento da grande Mensagem que o Racionalismo Cristão vem transmitindo à Humanidade desde 1910.
A Ciência espiritualista que recebi com vibrante alegria, nessa boa hora, desfez a concepção fantasiosa de religiosidade que me foi administrada desde criança, no culto terrivelmente enganador que há milhares de anos vem encaminhando os Povos para os defeituosos trilhos do fanatismo e da adoração, do obscurantismo e da intolerância e, sobretudo, do materialismo agreste que envolve toda esta humanidade infeliz do nosso tempo.
Terminava nessa altura a estação pluviosa e o calor insuportável dos trópicos chegava ao fim, naquela metade do ano.
O cacimbo, a época do frio, começava então, como habitualmente, com o aparecimento da umidade do litoral angolano.
Foi nesse período, aí por alturas de maio que, sôfrego de paz e de tranquilidade de espírito, cheguei pela primeira vez à residência de Maria de Oliveira, benéfico porto de abrigo, onde tanta gente, acossada pela dor e pelo sofrimento se acolhia em busca de lenitivo.
Não conhecia MARIA DE OLIVEIRA. Mas, no entanto, ouvira falar dela através dos anos.
Lembro-me perfeitamente do que se dizia a seu respeito; porém, com relevo para as suas grandes virtudes e poderosas faculdades espirituais.
Foi essa fama que corria por toda a Angola, que me encaminhou, mais tarde, para a maior descoberta do século no campo espiritual: O RACIONALISMO CRISTÃO.
Da cidade de Luanda e do interior de Estado chegavam pedidos e pessoas em estado desesperado. Aliviados que eram dos seus males, fortalecidos seus espíritos e já recompostos, voltavam felizes à sua vida normal.
Mais tarde, do mesmo modo, adoeci com a “doença da alma”. O sofrimento moral e psíquico agravara-se-me de tal forma, sem cura possível pela ciência oficial, que cheguei a um extremo muito sério. Nesse estado desesperado procurei também MARIA DE OLIVEIRA de quem ouvira falar tanto.
Esta primeira visita a MARIA DE OLIVEIRA tornou-se aliciante.
Jamais esquecerei que ao despedir-me estava aliviado, algo diferente e seguro de ter encontrado o que tanto desejava: a paz e a tranquilidade de espírito. A Doutrina ia ainda conhecê-la.
A leitura do livro que me emprestou, a ansiedade de conhecer a sua ciência, impôs-se de forma imediata a meu espírito, logo a saída. Li-o de uma só vez. Durante toda a noite li, reli, estudei e analisei o livro base do Racionalismo Cristão, autêntico farol a orientar os navegantes perdidos nas ondas encrespadas das tempestades da vida.
Por essa época, o Centro Redentor fundado por Maria de Oliveira estava fechado por ordem policial. Já nesse tempo o sectarismo e a intolerância incitavam a polícia a tomar posições imprudentes. As “toupeiras” tiveram sempre medo que a LUZ clareasse as vielas tortuosas do misticismo. Desconheciam então, como, aliás, ainda hoje, embora bastante apreensivos, não compreendem, totalmente, que os tempos são chegados para que se restabeleça a VERDADE Universal por toda a Humanidade.
A MARIA DE OLIVEIRA estava então vedada pela mesma polícia de receber, fosse quem fosse, em sua casa, para fins espirituais. Porém, a sua coragem, tenacidade e energia eram poderes dominantes do seu forte espírito que não podiam ficar cerceados. No caminho que traçou não existia entraves e ficou sempre marcado pela sua poderosíssima força de vontade.
Diariamente, recebia as mais variadas pessoas, altamente aflitas, e ninguém partia de sua casa sem o devido conforto e esclarecimento.
Se antes de conhecer o RACIONALISMO CRISTÃO era já muito conhecida pela integridade do seu caráter e poderes espirituais, já a partir de 1932, ano em que conheceu a bela Doutrina de LUIZ DE MATTOS e de LUIZ ALVES THOMAZ que dada a sua evolução, praticava naturalmente desde criança, dinamizou todos quantos a rodeavam com o seu fulgor espiritual e dedicação que votou à Doutrina e, também, com a luta valorosa que travou pela sua difusão em terras de Angola.
Das suas encarnações anteriores, conhece-se apenas uma: fora contemporânea e amiga íntima da Rainha Santa Isabel, Esposa de D. Diniz, Rei de Portugal. Ao tempo, creio que jovem e amiga de infância de D. Pedro III, de Aragão, amizade essa que se manteve sempre pela vida fora.
Quando a Infanta Aragonesa casou com o Rei Português, ela acompanhou-a a Portugal e por cá se manteve, na companhia da Rainha, numa dedicação notável e rara.
Note-se que Dom Dinis, Rei de Portugal, é uma das encarnações de LUIZ DE MATTOS.
MARIA DE OLIVEIRA, nasceu em Ovar, distrito de Aveiro, no dia 24 de Dezembro de 1890, mas foi para Angola ainda muito nova mas já casada. Depois de uma vida intensa de mais de 55 anos naquele Estado, desencarnou em Luanda às 23 horas do dia 3 de outubro de 1968. Tinha então 77 anos.
Por muitos anos que vivam o Racionalistas Cristãos de Angola, hoje dispersos por muitas partes do Mundo, jamais deixarão de estar religados em entrosamento espiritual.
Entre aquele espírito, símbolo do Racionalismo Cristão em Angola e todos os militantes da Doutrina que com ela privaram, permanecem constantes os elos de atração.
As palavras de conforto e de incitamento abaixo transcritas em 10 de Junho de 1976 no Centro Redentor, Rio de janeiro, por Maria de Oliveira, quando ali estava um grupo de Companheiros nossos idos de Angola, são um reflexo do sentimento espiritual que sempre uniu aquele Grande Espírito aos Racionalistas Cristãos Angolanos.
Os revezes da vida caldeiam o espírito e todos os que são Racionalistas Cristãos passam por eles maus bocados, mas têm sempre em mente que o amanhã será melhor.
É viver com fortaleza de ânimo, não ficar pensando no que passou. Passou, passou! Vamos iniciar nova vida, para que o amanhã seja florido de rosas, e todos satisfeitos, contentes. Alegres e viver humanamente.
Parti para as vossas terras, felizes de virdes apanhar forças cada vez mais com os vossos amigos e com o Racionalismo Cristão.
Saudade e Respeito, Recordação e Amor, são forças que simbolizam janelas abertas na memória de cada um, por onde todas aquelas centenas, senão milhares de criaturas que privaram da sua orientação espiritual, se debruçam constantemente, religando-se com imensa saudade à sua imagem espiritual, e recordam as lições ministradas, os exemplos dados, os incitamentos incutidos, a coragem demonstrada, o ânimo levantado, o fortalecimento moral e espiritual que sempre soube dar, em todos os momentos, a todos que necessitavam da sua eleva espiritualidade.
Todos eles lutam também por uma maior grandeza do Racionalismo Cristão e nesse belo caminho nada os detém, pois não esquecem que coisa alguma deteve a insigne continuadora da grande obra dos mestres LUIZ DE MATTOS e LUIZ ALVES THOMAZ, em terras de Angola.
Mais tarde, do mesmo modo, adoeci com a “doença da alma”. O sofrimento moral e psíquico agravara-se-me de tal forma, sem cura possível pela ciência oficial, que cheguei a um extremo muito sério. Nesse estado desesperado procurei também MARIA DE OLIVEIRA de quem ouvira falar tanto.
Esta primeira visita a MARIA DE OLIVEIRA tornou-se aliciante.
Jamais esquecerei que ao despedir-me estava aliviado, algo diferente e seguro de ter encontrado o que tanto desejava: a paz e a tranquilidade de espírito. A Doutrina ia ainda conhecê-la.
A leitura do livro que me emprestou, a ansiedade de conhecer a sua ciência, impôs-se de forma imediata a meu espírito, logo a saída. Li-o de uma só vez. Durante toda a noite li, reli, estudei e analisei o livro base do Racionalismo Cristão, autêntico farol a orientar os navegantes perdidos nas ondas encrespadas das tempestades da vida.
Por essa época, o Centro Redentor fundado por Maria de Oliveira estava fechado por ordem policial. Já nesse tempo o sectarismo e a intolerância incitavam a polícia a tomar posições imprudentes. As “toupeiras” tiveram sempre medo que a LUZ clareasse as vielas tortuosas do misticismo. Desconheciam então, como, aliás, ainda hoje, embora bastante apreensivos, não compreendem, totalmente, que os tempos são chegados para que se restabeleça a VERDADE Universal por toda a Humanidade.
A MARIA DE OLIVEIRA estava então vedada pela mesma polícia de receber, fosse quem fosse, em sua casa, para fins espirituais. Porém, a sua coragem, tenacidade e energia eram poderes dominantes do seu forte espírito que não podiam ficar cerceados. No caminho que traçou não existia entraves e ficou sempre marcado pela sua poderosíssima força de vontade.
Diariamente, recebia as mais variadas pessoas, altamente aflitas, e ninguém partia de sua casa sem o devido conforto e esclarecimento.
Se antes de conhecer o RACIONALISMO CRISTÃO era já muito conhecida pela integridade do seu caráter e poderes espirituais, já a partir de 1932, ano em que conheceu a bela Doutrina de LUIZ DE MATTOS e de LUIZ ALVES THOMAZ que dada a sua evolução, praticava naturalmente desde criança, dinamizou todos quantos a rodeavam com o seu fulgor espiritual e dedicação que votou à Doutrina e, também, com a luta valorosa que travou pela sua difusão em terras de Angola.
Das suas encarnações anteriores, conhece-se apenas uma: fora contemporânea e amiga íntima da Rainha Santa Isabel, Esposa de D. Diniz, Rei de Portugal. Ao tempo, creio que jovem e amiga de infância de D. Pedro III, de Aragão, amizade essa que se manteve sempre pela vida fora.
Quando a Infanta Aragonesa casou com o Rei Português, ela acompanhou-a a Portugal e por cá se manteve, na companhia da Rainha, numa dedicação notável e rara.
Note-se que Dom Dinis, Rei de Portugal, é uma das encarnações de LUIZ DE MATTOS.
MARIA DE OLIVEIRA, nasceu em Ovar, distrito de Aveiro, no dia 24 de Dezembro de 1890, mas foi para Angola ainda muito nova mas já casada. Depois de uma vida intensa de mais de 55 anos naquele Estado, desencarnou em Luanda às 23 horas do dia 3 de outubro de 1968. Tinha então 77 anos.
Por muitos anos que vivam o Racionalistas Cristãos de Angola, hoje dispersos por muitas partes do Mundo, jamais deixarão de estar religados em entrosamento espiritual.
Entre aquele espírito, símbolo do Racionalismo Cristão em Angola e todos os militantes da Doutrina que com ela privaram, permanecem constantes os elos de atração.
As palavras de conforto e de incitamento abaixo transcritas em 10 de Junho de 1976 no Centro Redentor, Rio de janeiro, por Maria de Oliveira, quando ali estava um grupo de Companheiros nossos idos de Angola, são um reflexo do sentimento espiritual que sempre uniu aquele Grande Espírito aos Racionalistas Cristãos Angolanos.
Os revezes da vida caldeiam o espírito e todos os que são Racionalistas Cristãos passam por eles maus bocados, mas têm sempre em mente que o amanhã será melhor.
É viver com fortaleza de ânimo, não ficar pensando no que passou. Passou, passou! Vamos iniciar nova vida, para que o amanhã seja florido de rosas, e todos satisfeitos, contentes. Alegres e viver humanamente.
Parti para as vossas terras, felizes de virdes apanhar forças cada vez mais com os vossos amigos e com o Racionalismo Cristão.
Saudade e Respeito, Recordação e Amor, são forças que simbolizam janelas abertas na memória de cada um, por onde todas aquelas centenas, senão milhares de criaturas que privaram da sua orientação espiritual, se debruçam constantemente, religando-se com imensa saudade à sua imagem espiritual, e recordam as lições ministradas, os exemplos dados, os incitamentos incutidos, a coragem demonstrada, o ânimo levantado, o fortalecimento moral e espiritual que sempre soube dar, em todos os momentos, a todos que necessitavam da sua eleva espiritualidade.
Todos eles lutam também por uma maior grandeza do Racionalismo Cristão e nesse belo caminho nada os detém, pois não esquecem que coisa alguma deteve a insigne continuadora da grande obra dos mestres LUIZ DE MATTOS e LUIZ ALVES THOMAZ, em terras de Angola.
Maria de Oliveira
Por FRANCISCO GOMES DE ABREU
Atualmente é Presidente Astral da Filial de Aveiro - Portugal.
Rua da Bela Vista, 59
Cabo Luís - Esgueira
3800 - Aveiro - PORTUGAL
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