Exemplos de Vida reflete a beleza e a singeleza da alma feminina racionalista cristã, nos ensinamentos das nobres mulheres Maria Thomazia, Maria Cottas e Maria de Oliveira. Encontrei nestes espíritos exemplos que dizem muito a todas as mulheres ávidas por esclarecimento. Como mãe e eterna estudante desta doutrina, ao ler e transcrever cada letra de suas páginas, senti que cresci um pouco mais, e deixá-las em meu arquivo pessoal seria demais injusta para com todas, assim, publico seus exemplos e um pouco de suas biografias para quem desejar sentir a vibração e a ternura do amor existente em cada palavra. Maria de Fátima Almeida

Maria Thomazia - Por Flavio Faria

Desencarnou a 23 de Novembro de 1925, às 22 horas, Maria Thomazia Machado Antas, que na intimidade apertas assinava Maria Thomazia.

Nasceu em Portugal, na cidade de Bragança, Província de Trás-os-Montes, em 12 de Outubro de 1861.

Companheira inseparável de Luiz de Mattos, na Doutrina foi um dos médiuns desenvolvidos no Racionalismo Cristão.

Apesar de ter sido educada em Portugal, em colégio de religiosas e ter o espírito repleto de santidades, estando mesmo quase a professar para freira, não lhe foi difícil desvencilhar-se do condicionamento místico         católico e estudar a Verdadeira Doutrina de Cristo e a ela entregando-se de corpo e alma.
Foi à única médium que entrou para a Doutrina muito moça e nela desencarnou, com 64 anos de idade, cumprindo o seu dever.

A sua maior alegria era ver e saber satisfeitos todos que consigo conviviam. A sua boca não se abria para falar dos seus semelhantes, que não fossem para defendê-los, aconselhá-los e a pedir-lhes, quando companheiros da Doutrina, que fossem todos muito amigos de Luiz de Mattos.

No Centro Redentor do Rio, se faltou a alguma reunião, foi tão somente porque viajava para Santos.

Atuando como médium, no Centro Redentor Filial de Santos ou no Centro Redentor do Rio de Janeiro, foi ela sempre um instrumento disciplinado como jamais teve a Doutrina.

Tudo que dissesse respeito à Doutrina, tinha para ela uma especial atenção.

Desde que Maria Thomazia conheceu a Vida Fora da Matéria, não mais se prendeu aos dogmas, às santidades, aos ídolos e sim, à medida que o tempo passava, ela queria mais conhecer a Doutrina, para poder ensiná-la.

Foi também uma professora adorável. Sabia português como poucas pessoas, e tais eram os seus conhecimentos, que lhe foi conferido valioso prêmio pelo Gabinete Português de Leitura.

Em pintura e confecção de flores era primorosa. Ver uma flor artificial feita pelas suas mãos de artesã, era confundi-las com as flores naturais da natureza, cujo mestre artífice é o Grande Foco, espargindo por toda a parte a vida criadora.

Maria Thomazia foi sempre muito laboriosa, descansando o físico apenas para desencarnar.

Na sua desencarnação ocorreu um fato interessante.

No dia 18 de Novembro de 1925, começou a sentir-se fraca, o corpo a locomover-se com dificuldade. Consultando o Guia Médico do Centro Redentor do Rio, Oliveira Botelho, mandou-a repousar por oito dias.

Em 23 de Novembro de 1925, quando apenas já haviam decorridos, quatro dias, desencarnava ela de espírito tranquilo, para religar-se às Forças Superiores.

Foi sepultada, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.

A Maria Thomazia deixou como herança uma propriedade no valor de quatro mil contos de réis, ao casal Maria Julia e Antonio do Nascimento Cottas.

O casal transferiu essa propriedade para o Centro Redentor do Rio, pois, na ocasião possuíam uma sólida situação financeira.

Apesar de ter alcançado zona bem elevada, quis ela continuar entre nós, para como companheira amiga, nos despertar quando entregues ao ostracismo ou marasmo. Imitá-la pois, nas suas virtudes é um dever de todos que a conheceram, mui particularmente os médiuns.

Para eles, ela deve servir de modelo na observância, na dedicação à Doutrina. Sofreu as intempéries da vida como sofre toda criatura que deseja cumprir o seu dever. Mas, em lealdade, honradez e desprendimento, ainda não nos foi possível registrar outra igual.

Não tecemos elogios aos instrumentos das Forças Superiores, porém é um dever que nos assiste, relatar o valor e desprendimentos daqueles que se esforçam para bem poder cumprir o seu dever. Desencarnou pois, Maria Thomazia após 64 anos de estadia na Terra.

Dos seus esforços e sofrimentos na luta, resultou não só a ascensão que fez a Mundo Superior, assim como o de passar a substituir no Filiado de Santos, o presidente Astral Frei Francisco de Mont'Alverne.

Foi portanto, durante alguns anos Presidente Astral deste Filiado até a desencarnação de Luiz Alves Thomaz quando foi substituiria por ele.

Frequentemente ela tem se apresentado nas Reuniões Públicas do Centro Redentor de Santos, dando as Doutrinações magistrais.
Foi em 1926, em 15 de janeiro, como já colocado com detalhes anteriormente que desencarna o codificador do Racionalismo Cristão, Luiz de Mattos.

Em 08 de dezembro de 1931, é a vez do viabilizador econômico do Racionalismo Cristão, Luiz Alves Thomaz.

Maria Thomazia
Por Flavio Faria