Exemplos de Vida reflete a beleza e a singeleza da alma feminina racionalista cristã, nos ensinamentos das nobres mulheres Maria Thomazia, Maria Cottas e Maria de Oliveira. Encontrei nestes espíritos exemplos que dizem muito a todas as mulheres ávidas por esclarecimento. Como mãe e eterna estudante desta doutrina, ao ler e transcrever cada letra de suas páginas, senti que cresci um pouco mais, e deixá-las em meu arquivo pessoal seria demais injusta para com todas, assim, publico seus exemplos e um pouco de suas biografias para quem desejar sentir a vibração e a ternura do amor existente em cada palavra. Maria de Fátima Almeida

Por fim o grande tesouro - Por Maria de Oliveira

Foi ainda naquela Casa que me chegou às mãos a maior riqueza espiritual que eu podia conceber – o livro Racionalismo Cristão a cujo estudo me devotei e do qual, mais adiante, terei ocasião de algo dizer.
Hoje, graças ao estudo dos grandes Princípios do Racionalismo Cristão, emprego toda a minha força de vontade para que as minhas duas vidas – a material e a espiritual – sigam, tanto quanto possível, a par uma da outra, isto é, que a minha passagem pelo planeta Terra proporcione uma boa evolução ao meu espírito.

Devidamente esclarecida, sei perfeitamente distinguir os dois princípios máximos de que se compõe o Universo – Força e Matéria – o que toda a humanidade devia conhecer, em proveito da sua evolução espiritual.

Pelas razões acima expostas e relembrando um fato passado, quando tinha apenas 7 anos de idade, reconheço que eu e meu pai possuíamos as faculdades mediúnicas desenvolvidas, como abaixo os leitores verão: certo dia, como habitualmente fazia, antes de me deitar, fui ao estábulo verificar se o nosso gado estava recolhido e se haviam fechado bem a porta. Encontrei tudo na melhor ordem: camas, rações e o número de cabeças estavam certos. Depois de algumas palmadinhas neste e naquele bovino, como quem dá as boas-noites, fechei novamente a porta, regressando à casa tranquila com a minha missão cumprida.

Meu pai, como aliás a maioria dos aldeões, costumava sair quase todas as noites, depois de jantar, para o chamado serão que, devido à falta de melhor, para recrear um pouco o espírito, consiste em palestrar umas horas com os amigos mais chegados. O ponto de reunião de meu pai era a casa de meus primos, de onde regressava, quase sempre, depois de toda a família já estar deitada.

Num dos regressos desses serões, os olhos de meu pai deparam com um dos nossos bois, que apelidávamos de Pinto, andando em grande fúria, como se fosse um ciclone, a devastar a nossa pujante e mimosa horta.

Cioso do seu trabalho, meu pai, presenciando aqueles estragos, começou a gritar para afugentar o animal furioso, censurando-nos, em seguida, no mesmo tom elevado de voz, e atribuindo-nos a culpa dos prejuízos.
Ao ouvir a voz altercada de meu pai, percebi algo de extraordinário se estava passando, saltei da cama e corri ao seu encontro, para saber o que o estava atormentando. Chegada ao local, fiquei desolada e cheia de medo pelo que me era dado presenciar: o nosso boi Pinto devastava a horta, não obedecendo às exclamações nem aos arremessos de meu pai.

Ainda que nunca meus pais tivessem molestado qualquer dos filhos com pancadas ou feito ameaças, o que era motivo em nossa casa de se respirar um ambiente de boa e sã harmonia e de muito respeito, confesso que nessa ocasião também tive medo da atitude de meu pai, quando me disse: a culpada de tudo isto és tu, ao mesmo tempo que se encaminhava para o estábulo, para verificar se o restante do gado também tinha fugido.

Chegados ao estábulo, foi com grande espanto que verificamos que a porta estava fechada tal como, horas antes, eu a tinha deixado, e quando entramos foi também com grande admiração que constatamos que todo o nosso gado, inclusive o boi Pinto, ali se encontrava, pachorrento e sossegado.

Momento inesquecível! Nunca tinha visto meu pai chorar, mas, nesta altura, quando me pegou ao colo como que a pedir-me perdão por tudo quanto me tinha dito, com as lágrimas a saltar-lhe dos olhos e sufocado pela comoção, perguntava-me: filha, tu não viste, como eu, o boi Pinto na nossa horta? Sim meu pai, vi, e até tive bastante medo da sua fúria.

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Como se verifica, tanto a aparição do boi Pinto, como a nossa horta devastada foi, apenas, obra do astral inferior, (a.i. espíritos que perambulam pela atmosfera da terra) procurando atirar a ira de meu pai sobre mim, mas os seus intentos foram malogrados pela assistência das Forças do Bem que nos envolviam.

AMIGOS, no esclarecimento sobre as coisas sérias da vida, residem a arma mais eficaz de defesa contra os ataques das forças do mal.

Por fim o grande tesouro
Por Maria de Oliveira

Livro Como Cheguei à Verdade